Conheça alimentos que ajudam a combater ansiedade e depressão
O dia 10 de setembro é considerado o Dia de Prevenção ao suicídio e integra à Campanha nacional “Setembro Amarelo”.
Com a pandemia da Covid-19, o número de depressão e ansiedade na juventude dobraram em comparação ao período pré-pandemia. De acordo com uma pesquisa canadense da Universidade de Calgary, “um em cada 4 adolescentes em todo o mundo está experimentando sintomas de depressão e 1 em cada 5 jovens está experimentando sintomas de ansiedade”.
Durante o mês de setembro, os poderes públicos, bem como instituições públicas e privadas, desenvolvem ações de conscientização para prevenção ao suicídio.
“Tanto a depressão quanto a ansiedade devem receber a devida atenção a partir do momento que os sintomas começam a impactar nossa rotina nos impedindo de realizar atividades que antes eram prazerosas. Sentir tristeza faz parte do ser humano, no entanto, se essa tristeza for profunda e acompanhada de outros sinais, como: alterações no sono, na alimentação, no humor, entre outros, esse pode ser um quadro de depressão clássica, por isso, é necessário buscar ajuda profissional”, explica a psicóloga Mariana Rossi.
O filósofo Hipócrates, conhecido como pai da medicina, já dizia: “que seu alimento seja seu remédio, que seu remédio seja o seu alimento”, sendo assim, existem alguns alimentos que podem agir no organismo para combater sintomas de ansiedade e depressão, contribuindo com a liberação de hormônios de bem-estar e alegria.
É o caso da banana, mel, leite e derivados, amendoim, amêndoa, abacate e chocolate rico em cacau (opte pelas versões sem açúcar ou 70% cacau). Para melhorar a ansiedade, existem alguns chás que podem aliviar os sintomas, como a folha de melissa e de maracujá.
“O consumo desses alimentos pode ajudar na prevenção e no tratamento da depressão e ansiedade. Estudos evidenciam que a fisiopatologia desses transtornos tem relação com disfunção de neurotransmissores, por exemplo, a serotonina 5-HT, que tem papel importante na regulação dos processos de comportamentos e emoções, na modulação e motilidade gastrointestinal, regulação hidroeletrolítica, balanço energético e outros. Sendo assim, os níveis baixos de serotonina podem contribuir para o aumento da ansiedade e depressão”, explica a coordenadora de nutrição clínica da Sapore, Gabriela Caldas.
Episódios depressivos e crises de ansiedade podem deixar as pessoas sem energia, com humor afetado, falta de interesse, além dos sintomas físicos, como: dor de cabeça, fadiga, tontura, entre outros. Para combater esses sintomas, além do consumo frequente desses alimentos, é importante manter hábitos saudáveis, principalmente, realizar exercícios físicos. A nutricionista explica:
“A alimentação adequada e a prática de atividade física regular são medidas não farmacológicas para uma boa saúde mental. A alimentação influencia na saúde mental, através dela é possível uma melhora do quadro geral”.
Outro ponto importante é evitar alimentos com gorduras trans, bebidas alcóolicas e excesso de cafeína. O importante é manter um estilo de vida saudável e fazer atividades que proporcionem alegria.